Recordemos quais são os princípios básicos do capitalismo. Existem umas pessoas que por alguma razão têm muito dinheiro e que procurando aumentar essa quantidade de dinheiro, combinam materiais, pessoas e saber fazer, fazendo assim com que a economia se desenvolva e principalmente criando empregos.
Vejamos o seguinte:
1. Os fogos. Há algum tempo, decidiu-se que as empresas privadas faziam sempre melhor que o estado e por isso fizeram-se grandes contratos para garantir que os bombeiros teriam sempre o necessário para poder apagar os fogos: aviões. Mas como a coisa não funcionava lá muito bem, foi-se mudando de empresa. Agora que o dinheiro acabou, o estado decidiu usar os meios da força aérea para resolver o problema.
2. Os medicamentos. O Ministério da Saúde decidiu reduzir as margens de lucro das farmacêuticas e estas em reacção entenderam que ganhavam mais se vendessem ao exterior, o que fez com que o governo decidisse que seria o exército a produzir alguns medicamentos.
Ambas as decisões são marcadas pela objectividade, pelo realismo. É o estado a fazer o que os privados não querem, não podem ou não sabem.
Mas então... se funciona em aeronaves e medicamentos... porque não seguir em frente? Se importamos trigo, temos o exército para resolver o problema, pois terra ao abandono é coisa que não falta. Se importamos peixe, temos a marinha para resolver o problema, pois mar temos mais do que qualquer outro país europeu e barcos, usa-se as corvetas de fiscalização. Se importamos telemóveis temos o exército para os produzir... afinal, sai tudo mais barato. De qualquer forma, os militares são um custo que temos que ter sempre... e ainda por cima, não fazem greve... É só vantagem, possivelmente ainda conseguimos começar a exportar...
Mas afinal... o mercado e a livre iniciativa não são sempre a melhor solução?
Onde é que isto falha? Levemos a ideia até ao extremo. As forças armadas começam a entrar nas áreas de serviços e na áreas produtivas, e eventualmente até passam a garantir tudo o que é essencial, pois o excedente das exportações até poderá chegar a pagar às pessoas para ficarem em casa sem produzir. Quem fica de fora? Precisamente aqueles cuja função é precisamente combinar materiais, pessoas e saber fazer. Então para que serve o capital acumulado? Para nada, pois deixaram de conseguir cumprir aquilo que justificava que mantivessem a sua riqueza acumulada.
Isto tudo para dizer que depois de as reformas e os salários terem sido postos em casa, chegou a hora de atacar os direitos adquiridos da parte de cima da população, chegou a hora de libertar os pobres das amarras da miséria e da dívida e aplicar a austeridade a quem tem andado caladinho para ver se passa incólume por esta crise. Afinal, a justificação para a manutenção destes privilégios já não se verifica porque deixaram de conseguir conjugar materiais, pessoas e saber fazer dessa forma obter lucro e principalmente, criar postos de trabalho.
Vejamos o seguinte:
1. Os fogos. Há algum tempo, decidiu-se que as empresas privadas faziam sempre melhor que o estado e por isso fizeram-se grandes contratos para garantir que os bombeiros teriam sempre o necessário para poder apagar os fogos: aviões. Mas como a coisa não funcionava lá muito bem, foi-se mudando de empresa. Agora que o dinheiro acabou, o estado decidiu usar os meios da força aérea para resolver o problema.
2. Os medicamentos. O Ministério da Saúde decidiu reduzir as margens de lucro das farmacêuticas e estas em reacção entenderam que ganhavam mais se vendessem ao exterior, o que fez com que o governo decidisse que seria o exército a produzir alguns medicamentos.
Ambas as decisões são marcadas pela objectividade, pelo realismo. É o estado a fazer o que os privados não querem, não podem ou não sabem.
Mas então... se funciona em aeronaves e medicamentos... porque não seguir em frente? Se importamos trigo, temos o exército para resolver o problema, pois terra ao abandono é coisa que não falta. Se importamos peixe, temos a marinha para resolver o problema, pois mar temos mais do que qualquer outro país europeu e barcos, usa-se as corvetas de fiscalização. Se importamos telemóveis temos o exército para os produzir... afinal, sai tudo mais barato. De qualquer forma, os militares são um custo que temos que ter sempre... e ainda por cima, não fazem greve... É só vantagem, possivelmente ainda conseguimos começar a exportar...
Mas afinal... o mercado e a livre iniciativa não são sempre a melhor solução?
Onde é que isto falha? Levemos a ideia até ao extremo. As forças armadas começam a entrar nas áreas de serviços e na áreas produtivas, e eventualmente até passam a garantir tudo o que é essencial, pois o excedente das exportações até poderá chegar a pagar às pessoas para ficarem em casa sem produzir. Quem fica de fora? Precisamente aqueles cuja função é precisamente combinar materiais, pessoas e saber fazer. Então para que serve o capital acumulado? Para nada, pois deixaram de conseguir cumprir aquilo que justificava que mantivessem a sua riqueza acumulada.
Isto tudo para dizer que depois de as reformas e os salários terem sido postos em casa, chegou a hora de atacar os direitos adquiridos da parte de cima da população, chegou a hora de libertar os pobres das amarras da miséria e da dívida e aplicar a austeridade a quem tem andado caladinho para ver se passa incólume por esta crise. Afinal, a justificação para a manutenção destes privilégios já não se verifica porque deixaram de conseguir conjugar materiais, pessoas e saber fazer dessa forma obter lucro e principalmente, criar postos de trabalho.
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