quinta-feira, 19 de janeiro de 2012
Qual é o problema?
Para competir tem que se ter produtos/serviços mais baratos ou então
melhores produtos/serviços. Como melhores produtos/serviços está fora de
questão pois isso implica investimento de largo prazo e com retorno
incerto, o óbvio é baixar o preço. Como os gastos correntes não descem
(quem manda nas empresas, mascara o crédito como investimento para
continuar a pagar os gastos correntes) e o lucro é considerado fixo
porque é aquilo que faz o capital continuar a empatar o dinheiro na
empresa (senão, prefere investimentos especulativos, que mesmo que sejam
mais arriscados, rendem mais), só lhes resta cortar no sítio de sempre:
no trabalho. Numa situação em que o crédito se torna mais difícil,
deixam de continuar a pagar os custos correntes o que os obriga a fazer
mais gastando menos com o trabalho. Esta lógica é mais velha que o
cagar... como ainda por cima as forças de esquerda, em vez de se unirem e
apresentar uma alternativa concreta passam o tempo a discutir os
problemas do passado e a colocar o seu grupo acima do bem do povo, a
direita agradece e prossegue a sua cavalgada. Resta saber se cada um
consegue cingir-se ao essencial. O tempo o dirá.
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