Pouca gente. Como já era pouca, para ainda serem menos separaram-se. Os sindicatos preparam-se para partir e a plataforma do 15O fica quieta. Tinha sido decidido que iria ser assim. Mas... os P! e afins, que integram o 15O foram com os sindicatos.
A chegar ao Camões, vejo as pessoas atrás de mim a correr. Uns dizem filmem, filmem... enquanto outros fogem. A minha curiosidade faz-me acercar e ver o que se passa. O que aconteceu antes não sei, porque não vi. Aquilo que vi foi uns manifestantes a atirar garrafas, cadeiras, mesas para os polícias de choque, que por acaso gostaria de saber o que estavam a fazer ali, pois estava tudo muito ordeiro, sem qualquer sinal de violência. As Forças da Desordem cansaram-se (ou talvez não) de levar com objectos e atacaram. Tomaram conta do perímetro da forma que bem conhecemos: rebentam com tudo o que encontraram, cadeiras, mesas, pessoas, não importa, bastonada a torto e direito. Tomam conta do perímetro e impedem o trânsito de carros e pessoas. Passado um pouco, acalmam-se os ânimos. Curiosamente, vejo dois indivíduos com porte atlético, cabelo rapado, um com tatuagens, todos contentes. Não sei de onde vieram. O que sei é o que os ouvi dizer: o trabalho já está feito. Visivelmente, estavam sem saber para onde ir. Decidi segui-los. Como era de esperar foram para a Assembleia da República. Chegados lá, separaram-se, cada um para seu lado.
Fui à minha vida, pois tinha gente em casa à espera. Mesmo assim, ainda soube que os P! e os sindicatos se envolveram em actos violentos.
Isto de mostrar que quem manda somos nós é terrível. Começo a pensar se não haverá demasiada testosterona junta. Enquanto não colocarmos as marcas de macho alfa de lado, quem agradece são os senhores efeminados, doces e submissos que nos governam.
Sem comentários:
Enviar um comentário