Se a Grécia cai, é sabido que quem lhe emprestou dinheiro terá que assumir parte do prejuízo. Em particular, os bancos que empataram avultadas somas nesse negócio. Como já estão com problemas de liquidez, com a possível bancarrota da Grécia, ao não receberem o dinheiro de volta, entram eles mesmos em risco de bancarrota. E nessa situação será muito interessante ver o que fazem os estados:
Será que voltam a salvar os bancos, implicando uma nova fabulosa transferência de dinheiro dos cofres dos estados para os bancos, e dessa forma fazer com que os cidadãos voltem a levar às costas as asneiras no sistema bancário?
É uma dúvida genuína.
É por esta questão que Merkel veio com a ideia de fazer com que os privados ajudem voluntariamente ao salvamento da Grécia, porque os cidadãos (aqueles que com o seu voto mantêm ou não os governantes no poder) já perceberam que o dinheiro que empatam para a ajuda à Grécia só tem um único fim: evitar que os bancos percam e mandar esse peso para cima deles próprios, porque como é óbvio, já todos perceberam que o caminho que levamos leva à falência da Grécia.
Isto coloca a Merkel e os restantes governantes num dilema: defender quem os elege ou defender quem lhes paga?
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