segunda-feira, 18 de abril de 2011

O problema de fundo que estamos a enfrentar

O problema de fundo que estamos a enfrentar é, na minha opinião, que este planeta tem limites físicos. O crescimento exponencial da população, da poluição, do uso do petróleo, do uso da área cultivável, das pescas, recursos minerais e tantas outras coisas estão a chegar ao seu limite se uso. Este crescimento exponencial trouxe consigo também uma taxa de crescimento de lucros exponencial, que foi progressivamente incrementada devido ao aumento de produtividade com o aparecimento dos computadores e afins e com um aumento da quantidade sempre crescente de pessoas que procuram trabalho a preços cada vez mais baixos. Com a escassez de trabalho, e consequente diminuição de remuneração, quem tem trabalho tem tendência a trabalhar mais para compensar a diminuição do salário o que faz com que ainda fique menos trabalho disponível para os restantes. Assim, na minha opinião, o problema só se resolve com uma correcta redistribuição da riqueza gerada pela sociedade e distribuir a quantidade de trabalho existente de forma mais equitativa, mas com igual salário, situação que só se resolve com uma distribuição dos lucros por quem trabalha à custa do investidor. Mas para que isto possa ser feito, terá que se abolir a possibilidade de investimentos em papeis que não estejam ligados à economia real, acabando assim com a especulação. Sei que isto soa a lirismo, a um discurso completamente desligado da realidade. Mas, como digo, ou isso se faz, ou as consequências serão muito, mas muito piores. Não falo só de problemas financeiros. Quando os recursos não chegam para que todos sobrevivam como pretendem, uma parte deles terá que morrer. A humanidade só sabe fazer isso com guerra ou com genocídios. Portanto, seria bom que não chegássemos a esse ponto.

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