A quantidade de seres humanos é finita.
A quantidade de bens e serviços necessários para a sua vida é finita.
A quantidade de trabalho necessário para a realização destes bens e serviços é finita.
Por outro lado, a produtividade tem vindo permanentemente a aumentar.
O que implica que a quantidade total de trabalho para a produção destes bens e serviços é cada vez menor.
O trabalho é portanto um recurso escasso e como tal deve ser divido por todos.
Significa que cada um deve trabalhar menos tempo, sem que isso implique uma diminuição da remuneração.
Está implícito aceitar que todos têm o direito e o dever de participar na produção de bens necessários e úteis para a vida do conjunto.
Se virmos bem, não faz sentido estarmos numa sociedade em que há muita gente parada com vontade de fazer algo e muita coisa que necessita ser feita: campos por lavrar, casas para arranjar, idosos para cuidar...
A questão que se coloca é como criar uma economia em que tal se faça. Questão que se resolverá pela correcta redistribuição da riqueza criada pelo trabalho, impossibilitando a acumulação de excessos, que se consegue dividindo os lucros do trabalho por quem o produz, da forma que estes o decidam.
Se virmos bem, talvez estejamos a confundir o objectivo da sociedade humana.
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